quarta-feira, 25 de março de 2009

Vanguart, todos seus amigos querem....


Transportando para o cenário do folk, do rock, do original, do autêntico e do mais importante enlace do verdadeiro músico, do autoral, a dica musical transcende barreiras e abre as portas para a Vanguart.

Atual revelação do cenário brasileiro, os cuiabanos sabem agradar o público romântico e alternativo que declaram publicamente a paixão pelo folk-rock dos meninos mato-grossenses.

Cuiabá se porta com classe perante as bandas alternativas que lá surgem e sustentam o cenário autoral. Grandes referências e muito apoio de produtores locais dão suporte para que o trabalho criativo e o “pensar” de músicos seja divulgado nas mídias especializadas. É o caso do Espaço Cubo, que possibilita aos artistas, oportunidades de crescimento e de reconhecimento. O investimento é basicamente na distribuição de idéias e propostas destes artistas para o público especializado, ou seja, o mundo afora.

A identidade cultural e a busca por políticas públicas com fins culturais, do Espaço Cubo, fez com que a Vanguart se destacasse no cenário autoral dando assim, mais credibilidade para aqueles que acreditam numa mudança de inovação cultural.

Do mundo interno do vocalista Hélio Flanders para a união de Douglas Godoy, Luiz Lazzaroto, Reginaldo Lincoln e David Dafré, formou-se em meados de 2004 a Vanguart. E, dos festivais independentes, se alastraram para os palcos de várias cidades brasileiras.

Influências de Bob Dylan, Beatles, Neil Young, Nick Drake auxiliaram os meninos de 20 e poucos anos, na composição e nos arranjos das letras contagiantes como: Semáforo, Cachaça, Dolores, Para Abrir os Olhos e composições em inglês e espanhol.

A mistificação uniu a sonoridade transcendental do real imaginário, ou do surreal, como queira distinguir. A questão metafísica da Vanguart se propõe em alucinações que são explícitas em suas canções. “Todos meu amigos querem morrer”, nos eleva a repensar ações que de fato, alucina, mas reflete no modo de vida que levamos e seguimos.

Com um cd gravado e intitulado Vanguart, os conterrâneos exploraram ao máximo as facilidades tecnológicas que o mundo nos proporcionou. A internet foi um meio mais que fundamental na vida destes meus amigos. Com dois eps lançados de forma independente, Vanguart trouxe para as o mercado musical um outro olhar de que o independente e o autoral é possível.

A música faz parte da vida de todo mundo, este meio é muito amplo, no entanto, Vanguart eleva o foco principal de resgatar a importância de consolidar uma identidade musical através da composição própria.

Para os “vanguartianos” e amantes do rock independente, uma boa levada de “Cachaça” ou de crenças em aviões podem sim, revolucionar o ouvidos da sociedade globalizada. Não se prender em mesmices e modismo são ações para raros. Seja um raro, mas não seja egoísta, multiplique e transforme que essa raridade vale ouro “pras” futuras gerações.


Vanguart -> http://www.vanguart.com.br/
Carol Alencar

Clipe Oficial Multishow -http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM985050-7822-EXCLUSIVO+VANGUART+TOCANDO+SEMAFORO+NO+MULTISHOW+REGISTRO,00.html

quinta-feira, 12 de março de 2009

Pequenos Oratórios de Coisas Desúteis - Miska



Ao ler as críticas de “Pequenos oratórios de coisas desúteis”, novo trabalho da artista plástica Miska, pode se ter uma idéia de valor inestimável à vida. Sem melodramas, a exposição que se inicia hoje a noite (12 de março) no SESC HORTO, retrata minuciosamente os valores de objetos que são desperdiçados e esquecidos no tempo.

As caixas dessa exposição, diz respeito à infância, ao tempo, aos lugares, às coisas, aos pequenos detalhes de uma situação qualquer, às emoções, às afetividades, ao futuro, enfim, à imaginação que cada pessoa vai ter em se deparar com as telas.

Miska nos propõe em uma viagem transcendental aos pequenos detalhes que não tem lá, tanta importância mais na vida, e que de certa forma, estão ali, retratados de uma maneira lúdica e mística.

Pequenos oratórios de coisas desúteis estão retratados aos sinceros parágrafos de Manoel de Barros, que permite ao observador e, também, ao leitor do poeta, uma reviravolta e reflexão da infância, do passado, da saudade, do infinito, do hoje e do amanhã.

Segundo o olhar de Maria Adélia Menegazzo “...a palavra pode pouco, mas as pequenas coisas encontram seu espaço em cada um de nós, confirmando que o presente é verdadeiramente o tempo da memória e a lembrança sua eterna soberana”.

A lembrançinha que sua tia-avó te deu em mil novecentos e oitenta e três, o sapatinho da sua primeira boneca, aquele “mimo” que seu avô te deu de presente, aquele carrinho que você brincava com seu irmão, aquele postal que sua madrinha te mandou da Europa, enfim, as coisas que você, literalmente, guardou por muito tempo no fundo da gaveta, ou que estão somente na sua memória, podem ser relembradas na exposição da artista.

Em trinta anos de carreira, dedicados à cultura, mais precisamente à pintura e ao desenho, Miska une à sensibilidade, a experiência que sobrepõe o medo, a coragem de brincar com coisas sérias, e apresenta o novo projeto em uma surpreendente exposição.

“Mas atenção! É necessário mais do que um par de olhos para se enxergar”, retrata Jair Damasceno em homenagem à artista plástica. Já Manoel, a presenteia em O Livro sobre o Nada:

“O que eu queria fazer era brinquedo com palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora”

A abertura começa às 19h30 no SESC HORTO.

Carol Alencar

Jornalista e Produtora Cultural